9 dicas: Baixe a fatura no setor alimentar
(texto preparado pelo Gabinete de Segurança Alimentar da AESintra)
Muito se tem falado da crise energética que se avizinha nos próximos tempos e do impacto que esta vai ter na economia do país. No setor alimentar não será diferente! É tempo de repensar as operações de forma a que o aumento da fatura mensal não traga demasiadas surpresas.
É dentro desta temática que o gabinete de segurança alimentar preparou 9 dicas para o ajudar a traçar um plano operacional sem se desviar dos pré-requisitos e dos princípios do HACCP:
- 1 – Produtos frescos: compre apenas o que precisa – Programe as ementas e calcule o que precisa para 1 ou 2 dias. Desta forma evita ter vários equipamentos de frio para conservar tudo e/ou evita ainda encher demasiado um equipamento. Equipamento muito cheio precisa de um maior esforço energético;
2 – Evite idas ou vindas desnecessárias a/de fornecedores – Aposte numa boa gestão de stocks e compre mercearias e outros produtos com uma validade extensa e de uma só vez. Garanta, nesses casos, a regra do FEFO (First Expire, First Out – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair);
3 – Opte por comprar localmente, tendo em conta a sazonalidade dos produtos;
4 – Não congele – Só alguns equipamentos de conservação de congelados presentes em estabelecimentos de restauração estão aptos para uma congelação rápida e segura. Frequentemente, a congelação de géneros alimentícios é consequência do aproveitamento de promoções e campanhas de baixas de preço.
Faça as contaS! Se assim for, vai gastar mais energia a congelar e a manter – a temperaturas adequadas – o equipamento cheio de produtos e ainda vai correr o risco desses produtos sofrerem queimaduras pelo gelo e com cristais, facto este que comprova uma congelação deficiente;
É DA NOSSSA CONTA.
ECONOMIZE.
DESLIGUE.
5 – Faça uma revisão aos equipamentos de frio – Verifique a condição das borrachas e a sua capacidade vedante. Muitas vezes, a passagem de ar frio ou a entrada de ar quente acabam por aumentar o consumo energético do equipamento. Faça também a limpeza semanal das grelhas dos respiradores que acumulam pó e cotão que impedem o bom funcionamento dos equipamentos;
6 – Poupe água:
Pequenas alterações podem fazer a diferença no número de metros cúbicos consumidos:
Retire da loiça os resíduos grosseiros com o auxílio dos talheres e utilize um alguidar com água e desinfetante para fazer a pré-lavagem da mesma;
Opte pela lavagem da loiça na máquina com a carga cheia;
Verifique se as torneiras têm fugas. Uma torneira a pingar de cinco em cinco segundos durante 24 horas, pode gastar 30 litros de água por dia, o que equivale a quase 1000 litros de água por mês;
Nas instalações sanitárias dos clientes, sendo um local que não consegue controlar, opte por torneiras com abertura temporizada, evitando potenciais esquecimentos;
7 – Opte pela ventilação natural sempre que possível – Se a sua cozinha possuir janela, pode mantê-la aberta, desde que a zona exterior não seja foco de insalubridade. Proteja a janela com rede mosquiteira de malha fina para evitar a entrada de pragas indesejadas.
8 – Rentabilize a utilização do forno – Sempre que ligar este equipamento pode optar por fazer uma sobremesa diferente ou mais do que um prato principal.
9 – Aposte na formação. Uma equipa bem formada é a chave do sucesso de qualquer operação ou alteração. Mantenha os colaboradores bem informados com as mudanças e com as regras que não podem ser desviadas.
Os sistemas de segurança alimentar baseados nos princípios do HACCP sempre suscitaram bastantes dúvidas nas empresas do setor alimentar. Os técnicos da AESintra constatam, diariamente, isso mesmo.
Estas 9 dicas são essenciais para baixar os custos energéticos de um estabelecimento numa altura em que Portugal e o mundo lidam com uma das mais nefastas crises energéticas de sempre.
Por si só, as dicas aqui disponibilizadas são uma ajuda essencial, mas há formas mais eficazes de serem operacionalizadas.
É precisamente nesta operacionalização que entram os técnicos do gabinete de segurança alimentar da AESintra, disponíveis para qualquer esclarecimento deste âmbito através dos seguintes contactos:
segurancaalimentar@aesintra.pt e 935 157 773.